Chegamos à FLONA um pouco
antes do crepúsculo. Típicos moradores da cidade quando vai andar no mato; na
mochila: blusa, garrafa de água, bolacha e chocolate para o lanchinho, e
lanterna (dois chaveirinhos e uma lanterna a manivela), mas estávamos nos
sentindo no Survivor – reality. Durante a caminhada fomos apreciando a paisagem
e de olho onde pisávamos, com medo de encontrar alguma cobra; pelo menos eu
estava!
Após uma caminhada de pouco mais de uma hora em
uma estradinha íngreme chegamos ao alto do monte onde há um mirante, um
monumento construído em homenagem a Varnhagen, Visconde de Porto Seguro. [conheça
mais dele: http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Adolfo_de_Varnhagen].
Também havia uma árvore, que para muitos não há nada demais, no entanto, chamou
muito a minha atenção. Incrivelmente linda, mas uma beleza diferente, a árvore
tinha seus galhos retorcidos e um pouco secos. Atrás dela, um céu
maravilhosamente psicodélico. Parecia cenário de
filme. Perfeito!
Para mim era muito mais do
que olhar uma paisagem fascinante, foi apreciar a criação de Deus em cada
detalhe: o céu, o reflexo do Sol na paisagem, o vento impetuoso, as nuvens se dissipando,
a luz dando lugar a escuridão da noite juntamente com o surgimento das
estrelas. Enfim, poderia citar diversas
cenas daquela paisagem admirável.
Aquela árvore me fez lembrar
a passagem do Evangelho de João, capitulo 15, versículos de 1 a 6 em que Jesus disse:
Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado.Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.
Nesta passagem, Jesus faz uma analogia com
uma árvore. Jesus é a videira, Deus o lavrador (quem cuida, trata) e nós somos a
vara (os galhos). Os galhos na videira são os crentes em Jesus Cristo. Aquele que
está em Cristo é reconhecido pelos frutos. Sendo os frutos do Espírito: amor,
alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio
próprio. (Gálatas 5: 22 a 24)
Aqueles que não estão na videira que é
Jesus, são como galhos secos sem vida, sem frutos, sem serventia alguma para o
Reino de Deus. Não queira ser um galho seco, não queira ser lançado fora. Misericordioso
e amoroso é nosso Deus e até mesmo de um galho seco o Senhor faz brotar vida. De
uma alma vazia e triste Ele transforma em cheia de vida e graça.
Linda era aquela árvore que encontrei no
alto do monte. Misturado com a paisagem e com a adrenalina que estávamos depois
da subida, mas somente linda. Faltava alguma coisa; os frutos.
Aí sim estaria completa a obra de arte que é aquele cenário.
Muitas pessoas se sentem vazias, com um
sentimento de que lhes faltam alguma coisa. Somente a Paz do Senhor que excede
todo entendimento pode completar nossa vida, que é como essa obra de arte de
Deus que pude observar no alto daquele monte. É uma paz que não tem preço, não
é corruptível, nada e nem ninguém pode tirar, inexplicável e ilógico ao mundo,
favor de Deus para os que creem.
Abaixo, música Galhos Secos na voz de Larissa Nunes. Na minha opinião a melhor interpretação que já ouvi dessa música.
Deus abençoe a todos.
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